Sarampo

sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Ao se espalhar pelo organismo, o vírus do sarampo pode causar diversos sintomas como febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas por todo o corpo, tosse, secreção nasal, conjuntivite e pequenos pontos brancos na mucosa da boca (manchas de Koplik), característicos da doença. Entre as principais complicações, principalmente em menores de 2 anos a adultos jovens, estão as infecções respiratórias, a otite, as doenças diarreicas e neurológicas (encefalite), em alguns casos podendo levar à morte.

Transmissão

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular e tosse. As manchas vermelhas aparecem geralmente 14 dias após a exposição ao vírus, e o contágio de quatro dias antes a até quatro dias após o aparecimento das lesões cutâneas. De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas.

Prevenção

A única forma de prevenção é a vacinação. Na rede pública, são oferecidas as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). De acordo com os calendários de vacinação das sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm) e de Pediatria (SBP), a vacinação rotineira para crianças deve ser no esquema: duas doses aos 12 e 15 meses de idade, podendo ser realizada com as vacinas tríplice viral ou tetra viral. Crianças, adolescentes e adultos que não receberam essas doses na infância e que não tiveram sarampo, devem ser vacinados a qualquer momento com duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Sarampo no Brasil

Uma das principais causas de mortalidade infantil no passado, o sarampo foi sendo gradativamente controlado no Brasil graças às políticas de vacinação conduzidas ao longo de décadas. Em 2016, o Brasil e as Américas foram reconhecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) como área livre de sarampo. Infelizmente, devido à queda nas coberturas vacinais, o contato de pessoas que contraíram a doença no exterior com brasileiros não vacinados levou à ocorrência, a partir de 2018, de surtos sustentados de grandes proporções. Com isso, o país deixou de atender aos requisitos necessários para manter o certificado de eliminação. Desde então, estratégias públicas de vacinação e vigilância vêm sendo implementadas para tentar reverter o quadro no país.

 

REFERÊNCIAS:

Sociedade Brasileira de Imunizações. Sarampo. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/sarampohttps://sbim.org.br/images/files/nota-tecnica-conjunta-sarampo-sbimsbisbp20180716.pdf Acesso em: 08 de dezembro de 2020.